Porra que a consciência é chata

Discuti com a minha mais que tudo e não gosto, mesmo quando tenho razão, ainda menos quando não a tenho. Desta feita, não demovi a minha perspectiva e considero que sim, desta vez tenho razão. É que discutir com mulheres é chato, quando é com a minha ainda pior, porque ela tem aquele "je ne sais quoi" de dar a volta ao texto, ou seja, uma capacidade inequívoca de, mesmo quando tenho razão, sentir-me culpado por a ter, ou culpado por a discussão ter acontecido, mesmo se eu não motivar. Em boa verdade não tenho a exacta noção de se se trata de uma capacidade inata dela, ou se de uma incapacidade minha de me manter chateado, de elevar a "vitória" da discussão acima do incómodo da discussão.
Não gosto de me deitar chateado com ela, custa-me geniunamente acordar chateado com ela, custa-me em suma discutir com ela. Talvez porque raramente nos chateamos. Mas a verdade é que começo a pensar que esta intrínseca vontade de não em chatear é conflituosa com ter ou não ter razão, ganhar ou perder argumentos. Sinceramente, não sei o que mais pesa, se ter razão, se sentir a culpa por uma discussão.