Discussão... as dicotomias!!!

Eu: Amanhã, para tratar das situações de finanças, moradas, etc, vou pegar na mota, vou à Loja do Cidadão e fica tudo resolvido numa manhã, sem trânsito ou estacionamentos caros!
Mais que tudo: Vais-te matar!!! então a mota não é para vender depois do terno que deste (aparte - parado, magoei-me na perna, mas em 2 dias tava tudo ok)
Eu: Que raio de comentário!!! Parece que queres mesmo que eu vá!!!
(interlúdio para dizer que, a avaliar o resulado, foi este comentário que causou uma gigantesca indignação feminina)
Mais que tudo: Eu mereço ouvir isso? Achas mesmo que quero que morras?!?!
(interlúdio - uma noite inteira chateados e dormir chateados, por favor ver post abaixo sobre esta temática!!!!)
Eu: então porque fazes um comentário desses, parece que queres azarar!!!
(interlúdio com conteúdo idêntico ao primeiro)
Eu: Olha, porra, foi uma maneira de falar, esquece, eu vou de carro! (totalmente escusado pois o "erro" já era irreversível)

Moral da conversa: Independente do que ela diga, qualquer resposta que eu dê está minada de falta de razão e estupidez, aliás, a "omnipropalgia" (ver post abaixo sobre a temática) é sem dúvida ultra resistente aquilo que, insisto ser, uma muralha sobre a lógica e razão... bidireccionada!!!

Pequenos detalhes...

Espectacular o que me aconteceu esta manhã. Esqueci-me do tabaco e então voltei atrás para pegar nele. Mesmo em frente à minha porta tenho uma passadeira de uma nacional muito movimentada, logo, um extraordinário exemplo do civismo dos nossos condutores, que teimam em não deixar passar o peão que está em frente à passadeira. Pois bem, hoje de manhã, quando ia a atravessar novamente a passadeira vi uma carro patrulha da Brigada de Trânsito a aproximar-se da passadeira... Na minha inocência pensei que, sendo autoridade, os digníssimos guardas iriam dar passagem, pois bem, não deram e eu atravessei na mesma. Resultado, chiaram os pneus, eu dei um salto para trás e até ia seguir não fosse o grunho do GNR meter o melão de fora e dizer, "ó sr. peão, tem de ter mais cuidado". Azar do caralho, o guarda realmente não me reconheceu e, pronto, armou-se a escandaleira. Voltei para trás, o trânsito parou enquanto eu disse ao sr da autoridade, "ó jovem, qual é parte da passadeira que você não percebeu. Estas riscas no pavimento não estão aqui para ser mais bonito, estão aqui porque legalmente vocês, condutor, tem que parar. Aliás, até pensava que você, autoridade, deveria dar o exemplo, parando para me deixar passar. Já agora, atente também aos seus faróis, porque não tem médios do lado direito. E mais a mais, sr Guarda, que raio de comentário foi esse? Não tem conhecimento das regras do Código da Estrada, ou também não tirou a carta ainda como o seu colega da PSP?" Deu-me um gozo descomunal vê-lo a corar, o colega do lado já a preparar-se para sair da viatura, e o povo vizinho à porta do café a rir-se da ridicularia do Guarda. É certo que agora se estacionar mal o carro ali estou lixadinho... mas confesso que me deu um gozo extraordinário. Venham as multas que aquele sapo já vai bem no papo do sr. Guarda!!!

E mais uma vez... carros!!!

Às vezes impressiono-me (acho que é assim que se escreve)!!! Sou um tipo estabelecido, com personalidade formada, casado, a vida a ir para a frente, maduro, inteligente, etc, mas no que diz respeito a veículos motores... sou uma autêntico chavalo inconsequente!!!
1º - A mota: vou-me desfazer dela em breve, porque apesar de ter apenas um ano, já vi a morte à frente demasiadas vezes para o meu superticioso ser. Sei conduzir mota, e bem, mas isso vale o que vale, até a confiança ultrapassar a capacidade. São vários os exemplos que não vou aqui descrever, mas que se resumem à particularidade da estupidez abosluta que me assola, sempre que rodo o acelerador. Aqui há dias saí de casa e disse para mim mesmo: "passeio nas calmas, a curtir o calorzinho nas bentas". 5 minutos e poucos quilómetros depois, dei por mim a 190 na VCI a fazer "slalom", derrapei como um bruto, quando um gajo se meteu à minha frente, mota de lado, fumo do pneu, motor aos berros a reduzir... e o carro que ia ao meu lado direito e viu tudo, a fazer sinais de "espectacular", "dá-lhe brita", "é assim mesmo" e eu sorrio entre dentes e penso, "mal sabem que mesmo ficando bem na foto, por pouco não me matei". Em suma, idiota!!! Na semana passada, enquanto promovia um debate entre os meus neurónios e a vontade das duas rodas, vou a sair de casa e pimba, caio para o lado, parado! (90% dos acientes de mota acontecem a condutores experientes e, sim, parados). Sinalzinho ou não, facto é que vai mesmo ser vendida em conjunto com a A4, para comprar outro A4 mais XPTO (170 cv, 2.0tdi).
2º Carros - outra temática na qual sou totalmente anormal e inconsciente. Por mim trocava de carro todos os anos, ou melhor, de 6 em 6 meses, mas felizmente tenho quem me traga à terra quando já estou quase a assinar o cheque! Este ano deu-me para os cabrios. Primeiro ia ser o SLK, depois o Z4,  depois o A4 cabrio (1.8T Quattro 192cv - este até experimentei), mas depois lá me contive e pensei, então um A6 (caro como a merda, com os mesmos motores que o A4), logo... vamos para o A4. Estabilizei agora na escolha, vamos para os motores.
Bom isto tudo para dizer o quê? Que cada um de nós, por mais consciente, responsável e centrado que se seja, há sempre alguma coisa que nos deixa fora de nós mesmos, nos deixa ver lógica onde nada é racional e nos faz alterar a nossa realidade face aos objectivos pontuais que temos. Nada de mal nisto, eu sei, somos todos assim... preferia era que esta minha inconstância fosse mais barata, ou seja, com relógios ou casacos. Também tenho estas duas paranóias, mas outros posts hão-de endereçar esta outra temática.

Porra que a consciência é chata

Discuti com a minha mais que tudo e não gosto, mesmo quando tenho razão, ainda menos quando não a tenho. Desta feita, não demovi a minha perspectiva e considero que sim, desta vez tenho razão. É que discutir com mulheres é chato, quando é com a minha ainda pior, porque ela tem aquele "je ne sais quoi" de dar a volta ao texto, ou seja, uma capacidade inequívoca de, mesmo quando tenho razão, sentir-me culpado por a ter, ou culpado por a discussão ter acontecido, mesmo se eu não motivar. Em boa verdade não tenho a exacta noção de se se trata de uma capacidade inata dela, ou se de uma incapacidade minha de me manter chateado, de elevar a "vitória" da discussão acima do incómodo da discussão.
Não gosto de me deitar chateado com ela, custa-me geniunamente acordar chateado com ela, custa-me em suma discutir com ela. Talvez porque raramente nos chateamos. Mas a verdade é que começo a pensar que esta intrínseca vontade de não em chatear é conflituosa com ter ou não ter razão, ganhar ou perder argumentos. Sinceramente, não sei o que mais pesa, se ter razão, se sentir a culpa por uma discussão.

Subsídios, reduções, etc

Isto do subsídio de natal ser reduzido é uma medida que infelizmente, sou obrigado a concordar, mas com uma nuance muito grande: gostava de saber se os subsídos de deslocações, ajudas de custo, natal, férias dos deputados também vão sofrer o mesmo tipo de redução... duvido. Pelo menos ainda não se disse nada sobre isso. Já agora porque não a redução dos montantes de reformas de deputados após um mandato na Assembleia da República. Reduzir os ordenados e prémios de gestores públicos, despedir motoristas de cargos de estado, etc. Apertar o cinto, lá que terá que ser (e até dá jeito que ando de dieta), mas cada macaco no seu galho. Se nos reduzem a nós, é necessário saber o que vai acontecer aos elementos do aparelho governativo...