Friday, November 04, 2011

Mesmo que não tenha dito nada, ao dizer tudo isto!!!

Porquê que há alturas na vida de um casal em que sem génese justificativa, sem motivação propriamente dita, qualquer motivo serve para discussão? Porquê que ao ser feliz um casal consegue encontrar motivos para discussões e zangas, coisas que depois de pensadas levam ao riso interno de tão ridículas? Alguma coisa corre mal? Não. Há problemas de compatibilidade? Não. Há traições? Não (pelo menos acho que não!!!!). Há problemas financeiros? Não. Então porque raio há alturas em que inexplicavelmente tudo o que o outro faz é mau, é péssimo, tudo o que se diz é como facada, tudo o que se sente é exponencialmente levado até dimensões absurdas?
Bom, não sei, não tenho resposta, sei que não gosto destas fases, mas também sei que são só fases e que amanhã tudo está bem e que vamos continuar ainda mais felizes do que agora. Porque esse é que é o cerne da questão: a felicidade é um sentimento por si só satisfatório à natureza auto-destrutiva que é implícita na condição humana? Será que quando felizes as pessoas precisam de algo que as abale? Será que estes devaneios provocados pela felicidade têm obrigatoriamente de ser contrabalançados com momentos tensos, como se se tratasse de uma auto regulação do ser, da própria relação? Um relógio desiqulibrado que precisa de corda pela discórida para se acertar novamente? Será, será???
Sei lá o que é ou não, só sei que mesmo durante estes devaneios continuo sempre a amá-la, mesmo quando a raiva me cega os olhos, quando pego na chave do carro e desando na "volta dos tristes acelerados" para desanuviar as ideias e voltar ao "ninho" onde ela está, mesmo que chateada, porque não há outro sítio onde eu queira estar. Isto das relações é demasiado complexo, se são elas que nos dotam de felicidade e partilha, também são elas que nos providenciam irracionalidade, ridicularia e, bom, tudo aquilo que nos faz humanos.
Não gosto destas fases, mas por outro lado, gosto das fases que as precedem, a das pazes, dos beijinhos, do "desculpa - não desculpa tu, eu é que fui assim e assado - não fui eu" e etc. Lá está, continuo acérrimo adepto das teorias expressas nos posts anteriores, "corre bem a vida... ou é mais ou menos" e "Omnipropalgia". Ou seja, não sou adepto de nada em concreto, apenas gosto do que gosto e desatino com o que não gosto! Tenho dito, mesmo que não tenha dito nada ao dizer tudo isto!!!

Wednesday, October 19, 2011

Este mundo e a sua humanidade está podre...

Quanto mais conheço a Humanidade mais gosto de cães... o vídeo é violentíssimo, ocorreu na China.
Criança de 2 anos é atropelada, masi de uma dúzia de pessoas passa e ninguém a assiste. Uma senhora acabou por fazê-lo.

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=2067700

Monday, October 17, 2011

Não correu bem...

É, foi um fim de semana muito esquisito. Dediquei, talvez, mais atenção do que devia a um amigo e acabei por descurar a mais que tudo. Ou seja, na sexta à noite estava virado para curtir, desanuviar um bocado. Esse amigo convidou para jantar, convidou a mim e à mais que tudo, eu estendi o convite, mas o espírito não era partilhado pela minha mulher. Eu assim pensei e mandei-me! Tá mal, não percebi que afinal não era só falta de espírito, estava mesmo chateada com o trabalho e logo, o que poderia ter sido um mal entendido, afinal descambou numa das mais violentas discussões até hoje, com um desenrolar de mensagens desagradáveis e cuja interpretação ébria de minha parte não melhorou em nada o resultado final. Em suma, fiz cagada. Ou melhor, não acho que tenha sido cagada, devia ter insistido para ela vir e pimba tinham-se matado dois coelhos de uma cajadada só. Mas não, o meu incessantemente dúbio sentido de avaliação, provou-se não estar alinhado com o que teria sido a atitude correcta. O problema lá se foi desanuviando durante o fim de semana em muito auxiliado pela apatia de uma boa ressaca e na inexistência de vontade de parte a parte em prolongar a discussão. Bom, assim é quando acontece! Faria de modo diferente agora, mas como já está feito, resta aguardar e evitar que se repita. Foi mal, não correu bem... ainda por cima vi uma raposa morta quando passeava o cão, às 9h da manhã, ainda com o peso da noite directa de copos... não ajudou seguramente, mas depois também fiquei a pensar, "olha a noite correu bem pior para este pobre animal selvagem". Fiz uma festa ao cão, que estava sentido com aquela visão, fui para casa, deitei-me na cama e dei-lhe um abraço... levei uma cotovelada, virei-me para o outro lado e concluí que afinal nem tudo é mau... podia ter sido apanhado numa armadilha da qual não teria volta. Ainda bem que não sou raposa.

Thursday, October 06, 2011

Alterações dos alter egos...

Hoje recebi a notícia de um amigo que literalmente se cortou todo. Ou seja, cortou os pulsos, os joelhos, tentou-se degolar e ainda conseguiu esfaquear-se em diversos órgãos. Está a "salvo" de momento, porque o pai entrou em casa na hora H e encontrou-o. É um homem, quase com 30 anos, este amigo, e nunca ninguém suspeitou do que quer que fosse. Era bipolar, mas nunca mostrou indícios de tendências suicidas, nem aos amigos, nem família, nem médicos que o acompanhavam. Afinal parece que, com esta atitude, existem motivos para crer que é esquizofrénico ou que a doença se começa a manifestar neste momento, dada a gravidade do acto. Nada o explica, nem justifica, daí acreditar-se que é de facto uma perturbação mental profunda que agora se manifesta. Não sei que faça, nem sei que pense. Sei que isto é assustador por ser inesperado, inconsequente, desolador. Ia lá hoje, mas outro amigo disse-me que era preferível não o fazer. A quantidade de drogas com que está sedado devido às dores, deixam-no totalmente lunático ao ponto de mostrar os ferimentos como algo de cómico, algo de normal. Não sei que faça, não sei se vá ou não visitá-lo. Sei apenas neste momento que nunca foi tão verdadeira a máxima de que "nunca conhecemos uma pessoa, normalmente, não nos conhecemos a nós mesmos"... E levanta-se um medo: quem somos afinal? Todos temos os nossos segredos, as nossas taras, as nossas loucuras e devaneios, mas afinal quem é normal? Afinal, quem é que sabe dizer que outra pessoa é normal? Afinal o que é a normalidade, a sua descrição, peso e medida? Deixou-me de rastos esta questão. Na verdade deixou-me desfasado das certezas que sempre tenho e da segurança com que me afirmo. Afinal, é sempre possível atender às razões que a própria razão desconhece. Afinal não somos normais, sem nos compararmos a "outros normais". Pois bem, este meu amigo sempre foi normal... até ao momento que deixou de o ser.

Tuesday, September 20, 2011

Saudades de Vontades

Há dias que nos fazem revoltar a visão que temos da vida, os dogmas enigmáticos sem rede, as vontades seguríssimas e determinantes que num minuto desaparecem... em suma, a relativização das nossas determinações que de extremamente alicerçadas passam a meros devaneios do passado.
Ora bem, li recentemente um blog muito interessante de uma pessoa "good girls go to heaven, bad girls go everywhere" que não aceita comentários aos seus posts. À primeira vista é legítimo pensar "ora bem, gosta de falar sozinha", mas de facto não tenho nada esse entendimento. A vantagem destas coisas, blogs, é de facto a liberdade de escolha, o livre arbítrio e, porque não dizer, o "quero que a minha vida me corra e que a dos outros se f&%$%#". Não será num senti prejurativo, a expressão, mas de facto entendo perfeitamente. Há dias em que não quero saber, nem mesmo o que acontece no ceio do meu espectacular lar, da minha fêmea (sem sentido prejurativo, mas com muito amor... afinal ela chama-me macho) do meu candido e único parente canino, nem da mota, nem dos carros, nem da equipa que lidero, nem das suas famílias, nem da minha família, nem de nada... Há dias que por razão nenhuma se tornam diferentes... são aqueles dias que mais tarde, "qui sá", nos vão ficar marcados na memória, não se vão desvanecer, dias que ao olhar para trás poderemos pensar "ai e se"... agora digo "ai se" o caralho, não há ai nem meio ai, há o que aconteceu, o que fiz, o que não fiz, há o que sucedeu a essas causas e o que ficou como consequência da mesmas. "Não tenho saudade", dizia essa mesma  menina no seu blog. Nunca li um texto que de tão simples e honesto me fizesse pensar que de facto "eu também sou assim". Não tenho saudade do passado, não sou saudosista, conheço muita grande parte deste mundo (felizmente, tive e tenho essa sorte em trabalho, em lazer, em loucura, em turismo, em fetiche, em desespero, etc, etc) mas realmente não tenho saudade... tenho, eventualmente, vontade de voltar, tenho histórias "marcadas na face", tenho angústias do que poderia ter feito, mas, acima de tudo, tenho um sorriso pousado nos lábios quando me lembro de destinos, de pessoas, de amantes, namoradas, amigos e amigas, paisagens e tudo e tudo. Tenho saudade de sensações, não de locais ou pessoas. Tenho saudades do primeiro mergulho de apneia sozinho no mar de inverno e depois de verão, mas também tenho saudades das manhãs com amigos a mergulhar, da primeira vez que conduzi um porsche e uma VFR, depois a CBF que comprei, do Jaguar no UK que dava 230 sem me aperceber, mas também das mãos da minha avó, enrugadas, do beijo do meu avô que nunca eu me permitiria comprimentar de outra forma. Tenho saudades da alegria dos meus tios e tias paternos que vêem em mim o olhar, o feitio do meu pai, da minha mãe ao ver-me chegar da diáspora e ver que agora sim, encontrei o meu caminho, da minha irmã que não o demonstra, mas que ambos sabemos que, não, a nossa cumplicidade nunca terá paralelo, mesmo que não falemos muito... dos meus sogros ao ver a felicidade que consigo dar à sua filha e que ela me dá a mim, da alegria do meu cão ao ver-me todos os dias. Não tenho saudades, tenho memória de sentimentos. Tenho noção de que sou aquilo pelo que passei. Não tenho saudades, tenho vontade de viver mais...
Mas minto. Tenho saudades do meu pai. Tenho saudades porque nunca tive tempo de o conhecer quando eu já era homem. Não sinto a sua falta, mas sinto que me fez e faz falta. No fundo, no fundo, acho que tenho saudades daquilo que poderia ser a minha vida se ele não tivesse morrido quando eu tinha 13 anos.
Há dias em que tenho saudades de mim mesmo... há outros em que tenho saudades de não ter vontades.

corre bem vida... ou é mais ou menos?

A relatividade da vida (dizia o outro) realmente é uma parvalhona!
Vejamos: vai-me bem a vida, dois anos de casado, feliz (sim sem tangas e já com 34 anos), projectos a consolidarem-se, casa em Inglaterra, casa em Portugal, carros pagos, tudo, tudo apenas com o nosso esforço (meu e da mais que tudo)... Vem a ambição da minha gaja (não gosta de esposa, não me apetece chamar mulher) e pimba, tem um bom emprego, mas quer mais - porque realmente tem capacidade e merece mais. De qualquer forma, numa boa situação de vida, com bons ordenados e as características posteriormente referidas, e PIMBA vem a caralha da Relatividade. Pois é. Estamos bem, mas ela não está assim tão bem porque quer mais, como quer mais torna-se relativa a situação presente. tornando-se relativa, tudo se torna menos claro, com dias de claridade, outros cinzentos, resultando numa média estritamente calculada pelas regras da estupidez, que resulta então numa média "mais ou menos". Mais ou menos o caraças, até porque confesso que sou materialista, mas tenho um ego e consciência que raios me partam me puxa sempre para esta merda da mente e de pensar nas coisas e não estar satisfeito. Como somos realmente metade da mesma cara (um da do outro) é impossível estar "top" se outro está "medium" e assim sendo, chiça que um gajo nunca está bem! Isto tudo para concluir que a Relatividade das coisas não passa da estupidez da mente humana... mais valia um gajo ser bicho porque assim pinava-se à bruta, a monogamia era algo de desconhecido, a Relatividade não chateava, o dinheiro nem existia, e um gajo, bom, qualquer um ou uma apenas tinha de morrer quando estava "mais ou menos", ou seja, sem comer.
Eu sei que isto não faz grande sentido, mas facto é que para além de relativizarmos tudo o que fazemos, de pensarmos que "the grass is greener on the other side", facto é que permanecemos na inconstante leveza da satisfação que se revela sempre na Relatividade do insatisfeito...

Monday, July 18, 2011

Discussão... as dicotomias!!!

Eu: Amanhã, para tratar das situações de finanças, moradas, etc, vou pegar na mota, vou à Loja do Cidadão e fica tudo resolvido numa manhã, sem trânsito ou estacionamentos caros!
Mais que tudo: Vais-te matar!!! então a mota não é para vender depois do terno que deste (aparte - parado, magoei-me na perna, mas em 2 dias tava tudo ok)
Eu: Que raio de comentário!!! Parece que queres mesmo que eu vá!!!
(interlúdio para dizer que, a avaliar o resulado, foi este comentário que causou uma gigantesca indignação feminina)
Mais que tudo: Eu mereço ouvir isso? Achas mesmo que quero que morras?!?!
(interlúdio - uma noite inteira chateados e dormir chateados, por favor ver post abaixo sobre esta temática!!!!)
Eu: então porque fazes um comentário desses, parece que queres azarar!!!
(interlúdio com conteúdo idêntico ao primeiro)
Eu: Olha, porra, foi uma maneira de falar, esquece, eu vou de carro! (totalmente escusado pois o "erro" já era irreversível)

Moral da conversa: Independente do que ela diga, qualquer resposta que eu dê está minada de falta de razão e estupidez, aliás, a "omnipropalgia" (ver post abaixo sobre a temática) é sem dúvida ultra resistente aquilo que, insisto ser, uma muralha sobre a lógica e razão... bidireccionada!!!

Wednesday, July 13, 2011

Pequenos detalhes...

Espectacular o que me aconteceu esta manhã. Esqueci-me do tabaco e então voltei atrás para pegar nele. Mesmo em frente à minha porta tenho uma passadeira de uma nacional muito movimentada, logo, um extraordinário exemplo do civismo dos nossos condutores, que teimam em não deixar passar o peão que está em frente à passadeira. Pois bem, hoje de manhã, quando ia a atravessar novamente a passadeira vi uma carro patrulha da Brigada de Trânsito a aproximar-se da passadeira... Na minha inocência pensei que, sendo autoridade, os digníssimos guardas iriam dar passagem, pois bem, não deram e eu atravessei na mesma. Resultado, chiaram os pneus, eu dei um salto para trás e até ia seguir não fosse o grunho do GNR meter o melão de fora e dizer, "ó sr. peão, tem de ter mais cuidado". Azar do caralho, o guarda realmente não me reconheceu e, pronto, armou-se a escandaleira. Voltei para trás, o trânsito parou enquanto eu disse ao sr da autoridade, "ó jovem, qual é parte da passadeira que você não percebeu. Estas riscas no pavimento não estão aqui para ser mais bonito, estão aqui porque legalmente vocês, condutor, tem que parar. Aliás, até pensava que você, autoridade, deveria dar o exemplo, parando para me deixar passar. Já agora, atente também aos seus faróis, porque não tem médios do lado direito. E mais a mais, sr Guarda, que raio de comentário foi esse? Não tem conhecimento das regras do Código da Estrada, ou também não tirou a carta ainda como o seu colega da PSP?" Deu-me um gozo descomunal vê-lo a corar, o colega do lado já a preparar-se para sair da viatura, e o povo vizinho à porta do café a rir-se da ridicularia do Guarda. É certo que agora se estacionar mal o carro ali estou lixadinho... mas confesso que me deu um gozo extraordinário. Venham as multas que aquele sapo já vai bem no papo do sr. Guarda!!!